sábado, 31 de outubro de 2009

Palavras polinizadas

Eu queria que meus gestos sublimassem no espaço profundo do seu entendimento. Não faço discurso demagogo. Eu perdôo, mas não esqueço. Sofro com os olhos colados na foto que chora. Eu não perco a poesia. Não vejo só a sua forma, só a superfície. Vejo o amor, numa caneca de chá! Vejo a pedra cortar com dor os meus preconceitos. Minha sombra quer dançar:

- Podes ir, mas eu não vou.

Louvo-te e clamo-te. Os despojos do seu corpo residem em mim como em uma lápide do São João Batista.

Choro no fim do poema.