para Hilda Hilst
O amor dele existe no espaço. A simples demonstração de afeto o faz secretar nácar num sorriso, num aceno ou numa gentileza. Esse sentimento flutuante vai e vem na paciência dos dias, reluzindo no bojo de uma garrafa. O tempo passa e ele não esquece.
A cada noite o pensamento escorre pelo seu corpo como uma hemorragia: amanhã sim, ele virá.