sexta-feira, 30 de julho de 2010

A arte em si

Quando eu falo de poesia, não é apenas da poesia que nem sempre encontramos no poema. Falo do fenômeno poético de natureza epifânica, reveladora, que confere a uma obra de arte o estatuto de obra de arte, pode ser escultura, dança, cinema, e literatura. Toda arte se justifica pela poesia que contém. Se não tem poesia não é obra de arte. A obra verdadeira é sempre nova, não cansa, porque traz em si mesma algo que não lhe pertence, nem ao seu autor. Vem por meio natural, por meio da beleza – não de boniteza, mas sim da forma – que é natural.

Nenhum comentário:

Postar um comentário