sábado, 7 de agosto de 2010

A vida não basta

Retorço arames para escrever
Quanto mais prática, mais grosso fica o arame

Eu, com mãos de titã, escolho um arame
Com força, arranco-o de onde repousava sem sentido algum

(Eles são imoldáveis, muitas das vezes)
Entretanto, com esmero de ourives, moldo-o

Aprisiono-o em uma escultura móbile
um
a
um
eles vão ganhando sentido

O brilho deixa minha vista embaçada
No fim, não sei o que fiz

Mas já está feito.

2 comentários:

  1. João, acredita que há muito tempo ando acompanhando teu blog? Mas só agora (abrindo um novo) decidi ter coragem de comentar aqui? Hahaha.

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  2. Eu nunca sei o que faço, no entanto faço.
    Nunca sei por onde piso, também.
    E por aí vai.
    Enquanto busco saber o que faço, continuo fazendo (e não há tempo que espere)

    Doido né? Eu acho.

    Belo blog, to acompanhando. :}

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